Peripécias humanas
Mentir é faltar com a verdade: enganar; omitir é eufemismo de mentira, é fraqueza e covardia de, até mesmo mentir.
Vivemos numa sociedade onde todos usam máscaras, uns para se proteger, outros por medo de se mostrar. Mas qual e o fundamento dessa covardia de lutar?
Quero lhes dizer hoje que vocês foram enganados, enganados pelos pais, professores e amigos em uma frase com quatro palavras: tudo vai dar certo.
E se não der? E se algo estiver faltando?... E se descobrirmos que não precisamos de desculpas e mentiras para ser verdadeiros? Dói, dói mesmo ser você mesmo, mas seja!
E se não der? E se algo estiver faltando?... E se descobrirmos que não precisamos de desculpas e mentiras para ser verdadeiros? Dói, dói mesmo ser você mesmo, mas seja!
Pergunto-me por que tiramos a aliança para ir a padaria, ou mentimos a idade e escondemos dentro do armário nossos erros, como se fossem ruins. Discordo! Eles são a maior dádiva humana, pois nos aperfeiçoam e são sinceros. Tão sinceros quanto somos na frente de um espelho ou trancados no banheiro.
Mentir é como construir um castelo de areia, é cruel, pois, cedo ou tarde a verdade chega (ou espera-se que chegue) e derruba essa ilusão que nos foi concebida, e destrói, machuca e dilacera a alma, fragmenta o coração e pisa na ingenuidade. Faz-me falta o direito de poder ter ingenuidade, mas continuo nadando contra a corrente e descarto minhas máscaras. (ou tento).
Sobre a mentira eu tomo a liberdade de falar sem medo; pois, se não houvesse mentido e omitido, quem seria eu para julgá-la e dizer o que penso? A mentira já me feriu como uma adaga sobre minhas costas, por amigos e pessoas das quais sempre confiei. Com essa arma dos fracos, fazemos das pessoas das quais mais gostamos um brinquedo de uso rápido.
Posso dizer que sou sensível, sim. Preferi ser quem eu sou, sem máscaras ou defesas; e isso me deixa vulnerável em vários sentidos; mas a recompensa é gigantesca: eu me amo, me aceito, posso dormir tranquilo. Não uso da arma dos fracos. Abraço árvores sem medo ou vergonha quando estou carente, converso com animais e plantas, mesmo alguns achando ridículo. a diferença é que amo estar vivo, e amo os seres humanos, mesmo nessa loucura que é a sociedade.
Sobre essa louca sociedade, ela machuca muito! As dores do mundo são gigantescas no meu coração. Mas, se eu não brinco com a vida em alguns sentidos, é ela quem vai brincar comigo. A arte de conduzir a vida e deixar ser conduzido por ela é pra poucos. Portanto, se quer um conselho: perceba a diferença de fama e conquista. A conquista você está bem consigo mesmo sobre o que fez, e a fama... A fama meu caro amigo, é quando os outros admiram o que você fez e é. Largue mão da covardia e enfrente a vida como ela é!
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