A pedidos do querido Marcos Neto, um post de amor HAHA.
Passei milhas e milhas procurando alguma coisa, algo que eu não conseguia decifrar exatamente o que era. Só sei dizer que eu necessito, ou necessitava disso para voltar a brilhar dentro de mim mesmo.
Depois de tanto tempo dentro da escuridão, me vendo coberto de sangue que saltitava e borbulhava sem rumo, depois de descobrir que algumas coisas não existem descrições e que para existir o amor é necessário apenas um suspiro, vem à contradição interna: o coração não se adéqua às regras impostas pela alma, o que a alma implora o coração fica inibido de recorrer, e nessa briga interminável, o corpo fica estagnado, sem saber por onde começar a mudar tudo isso.
É... A contradição é forte. Descobri que o amor pode ser mágico, brilhante e que podemos fazer coisas absolutamente esquisitas e estranhas, da mesma forma que o amor pode ser inesquecivelmente doloroso e sofremos uma pancada no estômago que deixa a imagem de uma espada ao rubro com cheiro de sangue dentro de você; às vezes a pancada pode ser mais forte ainda, e penetrar na sua alma, e despedaçar seu coração e levar tudo o que você mais precisava: alguém como ele. Quando isso acontece, aqueles dias intermináveis e sem nexo vem com mais freqüência do que desejaríamos, ficamos verdes de doente, molhados de tão tristes, tão depressivos quanto imaginávamos.
Sobre ele, eu não sei o que dizer; confesso: tenho medo. Depois de tudo isso, acabamos ficando inibidos e com medo de correr, de voar: de ser livres. As mentiras que contamos a nós mesmos perduram, acabamos nos convencendo de que nem precisávamos disso, mas precisamos. O caminho se tornou tortuoso demais para seguir só. Talvez o que mais me doa é que ele nem sabe.
Não é do seu feitio se refrear ou se esconder da luz
Eu odeio aparecer do nada sem ser convidada
Mas eu não pude ficar longe, não consegui evitar
Às vezes o amor dura, mas, às vezes, fere, é (Adele)
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