Mensagem de Monteiro Lobato

Nada de imitar seja lá quem for. (...) Temos de ser nós mesmos (...) Ser núcleo de cometa, não cauda. Puxar fila, não seguir.

quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Perdemos o foco.


Movimentos sociais não são se não, interesses comuns entre várias pessoas gritando por mudança, exigindo-a de quem tem o poder para movimentar o círculo da história social.
            Revolução cubana, apartheid, diretas já, queremismo, caras pintadas... O que leva os amotinados de pessoas a saírem nas ruas é uma revolta gritante dentro da sociedade, uma irritabilidade com um fator social que não muda, são choques de princípios sociais. Revoltas essas que foram necessárias, de vital importância para a democracia.

Protestos têm de serem bem escolhidos, os motivos têm de serem revoltantes, claros, objetivados e aprovados por muitos. Um fator notável que podemos perceber em nossa conjuntura é que o que não provoca prejuízo ao governo ou não aumenta seu montante, geralmente não são apoiados por ele. Os protestos feitos na USP foram de motivos nada convincentes, e mais, a primeira forma de revolta foi a agressão. Era de se esperar que estudantes de uma renomada universidade tivessem atitudes diferentes e argumentos mais convincentes do que os apresentados. Segundo dado, ninguém saiu ferido com a chegada da polícia; os jovens imaginaram uma luta que apenas segue a imagem de líderes, mas não estão preparados para serem líderes. Esses últimos dez anos apresentam para o Brasil uma distância enorme do que é uma mobilização por direitos e mudanças. Revoltas sabem fazer, não sabem é escolher.
                        Os jovens têm o poder de uma teia de informação que se comunica com várias outras pessoas ao mesmo tempo: a tecnologia. Infelizmente, o que vemos hoje é que os protestos não são dos mais bem proveitosos, seguindo os conceitos citados a cima. Vivemos uma atualidade que a própria ditadura não conseguiu fazer: produzir uma sociedade alienada, que não sabe por quais direitos lutarem.
            Os movimentos de mudança devem ser encorajados, pois são em suma, o que muda a sociedade e luta contra o que não querem. O que deve ser analisado é uma sensação de uma imposição que muitas vezes não existe, existe sim uma discriminação escondida por parte do governo e muitos outros fatores que dever ser mudados, mas acreditar numa falsa ditadura e lutar por ela é pura ignorância. Que haja um foco a ser seguido, um caminho certo a ser traçado, viva não apenas a liberdade de expressão, mas a expressão focada, bem verbalizada e liderada.

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